Reconheço você e seus cheiros.
Reconheço por meio de meus dedos.
Reconheço em mim o mar
e em nós, novos horizontes.
Reconheço em você uma angústia
e a verdade.
Reconheço meus livros em tua estante.
Reconheço nossos planos espalhados
e recuperados.
Reconheço cicatrizes.
Embora você saiba que pra mim são histórias.
Reconheço como sou depois que vai embora
e o que fica em nós quando volta.
'Não era a vaidade que a atraia para o espelho, mas o espanto de descobrir-se" (Milan Kundera)
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Canção pedida
Veste em meu corpo tuas memórias
Veste em meu corpo teus desejos
Veste e depois me despe
Como pode ser assim?
Lavo a alma
e me pedes calma.
Lavo a alma
e me derramo em lama.
Lavo a alma
e me devolve a mala
que deixei por aí.
Seco meu choro
em versos insossos.
Seco meu choro
em travesseiros outros.
Seco meu choro
e, de repente, esqueci.
Lavo a alma
e me pedes calma.
Lavo a alma
e me derramo em lama.
Lavo a alma
e me devolve a mala
que deixei por aí.
Visto em meu corpo
novos tecidos.
Visto em meu corpo
o mundo inteiro.
Visto meu corpo
e vou,
seguindo instintos.
Veste em meu corpo teus desejos
Veste e depois me despe
Como pode ser assim?
Lavo a alma
e me pedes calma.
Lavo a alma
e me derramo em lama.
Lavo a alma
e me devolve a mala
que deixei por aí.
Seco meu choro
em versos insossos.
Seco meu choro
em travesseiros outros.
Seco meu choro
e, de repente, esqueci.
Lavo a alma
e me pedes calma.
Lavo a alma
e me derramo em lama.
Lavo a alma
e me devolve a mala
que deixei por aí.
Visto em meu corpo
novos tecidos.
Visto em meu corpo
o mundo inteiro.
Visto meu corpo
e vou,
seguindo instintos.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
De carne e osso
Sou de carne e osso, sim.
porque ainda sangro quando há corte
ainda dói quando me machucam
ainda grito e sofro.
Sou de carne e osso, sim.
Mas também há um quê de perfeito nisso tudo.
Porque tudo se mistura.
Sou de carne e osso, sim.
E insosso são as coisas que a gente vê por aí...
porque ainda sangro quando há corte
ainda dói quando me machucam
ainda grito e sofro.
Sou de carne e osso, sim.
Mas também há um quê de perfeito nisso tudo.
Porque tudo se mistura.
Sou de carne e osso, sim.
E insosso são as coisas que a gente vê por aí...
sábado, 8 de outubro de 2011
Orelho
Você e sua mania de estar presente, de ser feliz. Até aqui desenhou no rosto o sorriso plácido na leveza de escorrer. Tuas manhãs sempre foram fontes de vinho e mar, com a clareza de estar no ritmo exato para ser. Chegar nunca foi somente o verbo conhecido, mas sempre teve o fato de ser presente. Presente. Garimpar este olhar no meio de tantos outros é saber da natureza do amor. É encontrar a mania da magia. Os caminhos se cruzaram, transformaram e fortaleceram a certeza de vida. Hoje há pedras e o mar. Hoje há falta e saudade. Hoje há beleza, sim, pois é o que fica daqueles anjos que vão.
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