sábado, 8 de novembro de 2008

Baú

Tantos anjos que sabem de mim,
que escoltam minhas madrugadas,
de tantas noites perdidas,
eu já sou quase nada...
Eram frases incompletas,
em que quis que você lesse
o exato que não estava escrito,
porque não me havia permitido.
Tantos caminhos tortos,
e pés covardes,
são meus caracteres perdidos...
Tanto que há em mim,
e ficará guardado
naquele baú do Gil,
que se faça de aço.
Eu fecho os olhos e esqueço,
e é neste momento que imagino um recomeço.
Mas, hoje não sou eu que escrevo,
e amanhã também não será.
Hoje, eu sou só paixão
mas...você não saberá.

6 comentários:

Thalita Castello Branco Fontenele disse...

"de tantas noites perdidas,
eu já sou quase nada..."

:~~~
Semelhanças.

Ramon de Alencar disse...

...
-De tantas noites em claro às vezes fico escuro...

Anônimo disse...

o texto pode até ser intitulado baú, mas suas palavras se libertam!

e um dia, saberão...

Mayara disse...

É sempre assim.

rafael geremias disse...

O limite entre saber quem somos e o que escrevemos... alguem conhece?

Raiça Bomfim disse...

"...
ah, como esse bem demorou de chegar
eu já nem sei se terei no olhar
toda a ternura que eu quro lhe dar."