quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Leito e breu


Meus olhos dengosos
em gestos formais
encontram suas formas
sem saber de que forma
eu preencho a fôrma de teu desejo.
É puro medo.
Pura inocência e malícia.
Fartas carícias em muitas lambidas.
É puro anseio.
Pura vertigem e tontura,
de volúpia em moldura,
e lascívia e ternura.
É puro seio.
Puras curvas em meio
e ao meio, me afogo em carne viva.
É puro leito,
que nos abarca inteiros e sacia.
É puto o tempo
que galopa em rumo
do fim inconcluso
deste breu em par.