Olha o céu,
emoldurado por fios e concreto.
Olha o sol,
em cores de Monet
ao fim da tarde.
Olha o tempo,
como passa e nos invade.
Sente o beijo roubado
quando quase perco o jogo.
Olha o fogo neste céu,
queima e arde.
Simplesmente,
olha a tarde...
'Não era a vaidade que a atraia para o espelho, mas o espanto de descobrir-se" (Milan Kundera)
segunda-feira, 21 de julho de 2008
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Raízes
Tenho os pés cravados no chão
ainda sujos de barro.
Tenho os pés feito raízes,
e é neles que me encontro.
Costumo perder o passo,
tropeço, avanço, descalço,
mas jamais perco o caminho.
Tenho os pés da vaidade,
embora nos olhos haja coragem.
Tenho os pés sobre a terra,
e os olhos ainda perdidos.
Tenho os pés,
embora ainda teime em engatinhar.
ainda sujos de barro.
Tenho os pés feito raízes,
e é neles que me encontro.
Costumo perder o passo,
tropeço, avanço, descalço,
mas jamais perco o caminho.
Tenho os pés da vaidade,
embora nos olhos haja coragem.
Tenho os pés sobre a terra,
e os olhos ainda perdidos.
Tenho os pés,
embora ainda teime em engatinhar.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Olhos em avanço
Venha ver o sol nascer,
linda criança.
Ouça comigo seu choro.
A previsão era de chuva,
e choveu enquanto eu dormia.
Talvez o tempo espere
meu despertar para dar certo.
Meus olhos fitam o nascer de si mesmos.
Minha vida ainda não despertou.
Ainda é cedo e a neblina me cobre as vistas,
me cobre a rotina.
Venha ver comigo,
pois eu já não aguento ver sem ti...
linda criança.
Ouça comigo seu choro.
A previsão era de chuva,
e choveu enquanto eu dormia.
Talvez o tempo espere
meu despertar para dar certo.
Meus olhos fitam o nascer de si mesmos.
Minha vida ainda não despertou.
Ainda é cedo e a neblina me cobre as vistas,
me cobre a rotina.
Venha ver comigo,
pois eu já não aguento ver sem ti...
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Peneira
Escondo o rosto do espelho.
Ainda não aprendi a me ver.
Pouco importa.
Se fecho a porta, tranco, e vou embora.
Quê fazes, você?
Reza, então, quem sabe pára de chover...
Escondo defeitos,
escolho no menu as melhores qualidades.
São fartas as opções.
Mas, eu não tenho condições...
Escondo minha vertigem e solidão.
Não sei falar de mim,
mas não faço outra coisa.
Assim, varro a sujeira
e meus passos viram canções.
Escondo com as mãos,
mas elas serão sempre peneiras.
Ainda não aprendi a me ver.
Pouco importa.
Se fecho a porta, tranco, e vou embora.
Quê fazes, você?
Reza, então, quem sabe pára de chover...
Escondo defeitos,
escolho no menu as melhores qualidades.
São fartas as opções.
Mas, eu não tenho condições...
Escondo minha vertigem e solidão.
Não sei falar de mim,
mas não faço outra coisa.
Assim, varro a sujeira
e meus passos viram canções.
Escondo com as mãos,
mas elas serão sempre peneiras.
domingo, 6 de julho de 2008
Olhos em descanso
Descanso meus olhos sobre o papel,
enquanto descanso meus pensamentos.
São grãos cobertos de pó,
verdades jogadas ao chão
e a leitura descartada.
Nada se pode fazer.
Fatos nos engolem,
agora, já estamos derretidos.
Não encontro palavras certas,
mesmo num livro de mil páginas.
Com o leito desarrumado, ainda durmo.
Fecho os olhos para uma saudade que teima em ficar.
Tranco a porta, ponho cadeado
e vou embora.
Largo a saudade numa larga sala,
agora, ela é quem tem saudade de mim.
enquanto descanso meus pensamentos.
São grãos cobertos de pó,
verdades jogadas ao chão
e a leitura descartada.
Nada se pode fazer.
Fatos nos engolem,
agora, já estamos derretidos.
Não encontro palavras certas,
mesmo num livro de mil páginas.
Com o leito desarrumado, ainda durmo.
Fecho os olhos para uma saudade que teima em ficar.
Tranco a porta, ponho cadeado
e vou embora.
Largo a saudade numa larga sala,
agora, ela é quem tem saudade de mim.
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