sábado, 17 de agosto de 2013

Sede

Beber não me alimenta, mas me engrossa os verbos e me dilata os versos. Porque em cada gole que escorre em minha orofaringe há um tanto de vida deformada em líquido. Amorfo, eu diria. E esse suor da vida me rasga o esôfago e me obriga a ser além.

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