quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

De cá se vê muito.
Os meninos descalços caminham pelo asfalto ainda quente.
Foi tarde e já se espera a noite.
Os meninos que brincam de cambalhotas
parecem não perceber o tempo passar.
Malabares é hobbie e trabalho.
Cá, são muitos os espantalhos.
Mulheres de peles rachadas
com olhos de quem procura o começo da vida.
Mas, a vida não começa,
o jeito é esperar.
Andando por cima do cheiro,
que mistura azeite, mar e sorrisos.
Capoeira sobre as pedras portuguesas.
É o canto da resistência sobre a opressão.
Som de uma corda
embala as memórias e surpresas.
Pirraça da maresia,
e esse teu sotaque...
Invade, mas é manso.
Cá, até os olhos dançam
por não saber, os pés, sambar.

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